segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Esporte/ Cidade/ Cotidiano



Educadora: Amanda
 
Por uma semana discutimos sobre a influência do esporte em nossas vidas.
O filme “Linha de Passe” foi o disparador para as discussões.
 
Veja o trailler :

 
 
 

Depois de assistir ao filme discutimos sobre o sonho de um dos personagens de ser jogador de futebol e as dificuldades encontradas por ele.

Pensamos quais outros sonhos também são possíveis para os jovens, além de ser jogador de futebol.

O filme ainda nos ajudou a pensar sobre as poucas oportunidades que tem os jovens que moram nas periferias da cidade e a pensar em quais outras possibilidades podemos encontrar.

O grupo em alguns momentos se identificou com as histórias do filme, seja do jovem que busca alivio para as angustias na religião, no menino que sonha em dirigir , na mãe que com muitos filhos,  motoboy e claro do jovem que sonha em ser jogador de futebol.
 

Na mesma semana fizemos a visita ao Museu do Futebol. O que contribui mais ainda para o entendimento de como o esporte faz parte do nosso cotidiano e da historio da nossa cidade e do nosso país.
 

Vejam as fotos:  

VISITA AO MUSEU DO FUTEBOL















 

"Penetra surdamente no reino das palavras"

Educadora: Amanda

ATIVIDADES DE LETRAMENTO

"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma" Fernanda Pessoa

Em agostos e meados de setembro tivemos varias atividades focadas no letramento.
Para iniciar as atividades algumas questões nortearam nosso primeiro encontro sobre o tema.
Perguntei para os jovens em forma de bate-papo:

O que é linguagem?

Como eu me comunico?

Quais são as formas de linguagem?

A turma não conseguiu dizer o que era linguagem, mas respondeu que é possível se comunicar através da fala. Acrescentei que a escrita também é uma forma de comunicação. O que foi fácil de exemplificar as respostas sobre as formas de linguagem. Os jovens responderam por email, facebook , Orkut  e não foi mencionada o livro. Então, acrescentei o livro e o grupo falou “ninguém tem paciência para ler livro”

Aceitei os conceitos dos jovens e pontuei a importância da escrita, pois mesmo nas redes sociais o principal meio de comunicação é a escrita.

No mesmo dia introduzi conceitos sobre crônica.

Duas músicas foram utilizadas como exemplo de crônica. Tarde Vazia (IRA) e Não fácil (Marisa Monte).




 

Vendo os videos e com as letras das  música em mãos discutimos os aspectos da crônica na letra. Discutimos o conteúdo da letra.
Então, propus que cada jovem construisse uma crônica.
Segue exemplo de uma crônica.

 
Texto da Kalline:

A Terça - feira parecia pequena para o tanto de coisas que ela tinha preparado pra mim.
 No curso Jovens urbanos no Instituto Alana, coisa importante que acabamos de estudar um assunto de muita importância falando sobre crônicas.
 O cuidado com as palavras que eram sugeridas naquelas letras daquela música realçava tão bem.
 Não podia esquecer-se da Crônica – Mulheres que tínhamos lido naquele momento bem cedo, prazer de conviver por dias na mente, com os temas relativos à mulheres e assuntos tão delicados, de grande responsabilidade de compreender de um modo geral como se nós mesmos tivéssemos criados.
 Um assunto de muita importância e romantismo que as palavras citadas em cada trecho daquela crônica ressoava em meus ouvidos.

 

Em outro encontro confeccionamos bonecos.
A ideia era facilitar a imaginação dos jovens e possibilitar um campo fértil para a construção de histórias, crônicas, contos e poesias, utilizando a personagem do boneco.

Foi criada a Maria Clara, 16 anos. Moradora do Jd.Pantanal.

 
Outra estratégia de letramento a atividade “banquete de livros”. Os jovens ao chegarem na sala encontram uma mesa “recheada” de livros de diversos gêneros. Livros de contos, crônicas, poesias e biografias. Além do livros também haviam jornais, gibes, fanzines e revistas.

Os jovens foram convidados a simplesmente folhearem o material disposto.

Depois de um tempo pedi para que cada participante escolhesse algum material que gostou. Poderia ser qualquer texto ou tema que por algum motivo tivesse gostado.

Alguns jovens a principio disseram que não gostavam de nada porque livros não tinham nada de interessante e outros que estavam com preguiça de ler. Então, sugeri que apenas abrissem os livros e selecionasse alguma palavra / imagem que gostassem.

As escolhas foram feitas. Gustavo por exemplo, selecionou uma tirinha de Ziraldo que achou divertido. Antônio o grafite que estava num fanzine, Suzana uma propaganda e kalline uma reportagem.

Aproveitando a disposição da sala de informática fomos ao laboratório e pesquisar na internet sobre as diversas formas de linguagens selecionadas.

 
Gustavo pesquisou outras tirinhas de Ziraldo;

Antônio sobre a história do grafite

Suzana sobre a comunicação por meio da propaganda

Kalline sobre as reportagens.

 
Discutimos ao final sobre as descobertas de cada um e sobre como a linguagem nos pertencem e como ela é valiosa mesmo que não percebamos.  

 
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Atividade  “ Se eu fosse um livro...”

Para iniciar o encontro conversamos sobre os diversos gêneros literários. Drama, Açao, Comedia ... e depois da conversa os jovens foram convidados a pensarem:  

 
E se eu fosse um livro...
 
Eu seria um dos cem menores contos brasileiros do século.
 

Sidney Moreira

Se eu fosse um livro...

Gostaria de falar de amor, romance, drama ou até ser um livro de engraçado, talvez interativo ou informal. Pode ser também biografia ou cultural. Talvez ficção ou de conto de fadas  ou um romance amoral beijos, beijos e felizes para sempre...

Karina

 

Visita a Bienal do Livro

 
Aproveitando o tema tivemos a oportunidade de visitar a Bienal do Livro.

 






 

 Antes de visitarmos o Museu da Língua Portuguesa os jovens produziram alguns textos

seguem algumas produções:

 

Crônica sobre o Museu do Futebol

Foi um dia muito divertido com as meninas, andamos de trem e descemos na Barra Funda de lá pegamos um ônibus e descemos em frente ao Pacaembu.  Chegando lá guardamos nossas coisas e entramos no museu que tinha uma maquete na entrada.  Muito legal! subimos em uma escada rolante e vimos um vídeo do Pelé logo na entrada dando boas vindas. Foi bem legal me senti muito bem recepcionada e o interessante é que ele falava três línguas.  Depois entramos em um lugar escuro aonde tinha varias fotos de jogadores e depoimentos, logo depois entramos em uma sala que mostrava o grito e a emoção da torcida dava a impressão que estávamos no jogo. Tiramos fotos e fomos para outra sala que tinha muitos quadros. Depois entramos em uma sala que mostrava um vídeo do Brasil perdendo a Copa do Mundo e a decepção muito grande para o todo o povo do Brasil. Seguimos para outra sala que tinha fotos e vídeos fiquei muito admirada de fatos e acontecimentos de outros anos da copa tiramos mais fotos vimos estrangeiros e fomos para outra sala que mostrava a evolução da bola e dos uniformes muito diferente das de hoje.  Vimos também objetos usados para jogar bola e, depois vimos o estádio, que pela tv parecia maior mais é um pouco pequeno e conhecemos pessoas novas e vimos um filmagem do Ronaldinho em 3D que eu achei muito chato.

 Joguei um pouco de futebol e tiramos uma foto  e saímos do museu. Fomos ao banheiro pegamos nossa coisas e comemos um lanche. Eu e minhas amigas entregamos maças para os taxistas e tiramos mais fotos e fomos embora.

 

Laís Monique

“No dia que eu fui pro Hop-Hari  quando entrei logo tinha um pessoal esquisito. Alguns caras começou a zoar com eles. Eu e meus amigos fomos para a montanha russa e ficamos muito alegres. Ainda fomos pro elevador do Hop-Hari e  fiquei com muito medo e nunca mais quero  passa por isso.

Mesmo com o medi agora eu sei que foi o dia mais da hora da minha vida!

Quando chegou a noite ainda fomos numa festa em uma casa e lá que foi muito engraçado. O meu colega queria ficar com uma mina quando ele foi beija-la, ela não quis.  Ele saiu e quando voltou para tentar conquista-la, outro menino estava ficando com ela.

Meu colega ficou tão bravo, mas decidiu procurar outra menina pra ficar. Encontrou mas a menina só ficaria com ele se ele arrumasse um colega pra amiga dela. Ai ele me chamou pra ir com ele e ai eu fui quando cheguei lá a menina era muito feia.  Nem fiquei” kkkk.... essa é minha história”

 

Antônio

 

“No dia 19 eu foi por campo jogar bola ai eu encontrei um muleque pra jogar bola.  Lá tava o Pipo, Paulinho, Fefi, Zinho, Kinho, Leleu e mais alguns muleques.  O tempo estava bom pra jogar bola, não estava chovendo e o sol não estava muito forte.

O time era eu o Pipo e o Zinho e outro time era o Leleu, Paulinho e o Fefi e os outros muleques ficarão de próximo. E ganhamos de 2 x 1 e o jogo foi muito pegado. O Pipo fez um gol ele deu um chapezinho no Leleu e tirou a bola do goleiro e fez o gol. Os outros times fizeram o gol e quem fez o gol foi o Paulinho ele deu um rolinho no Zinho e chutou no gol e o goleiro deixou passar. O meu gol foi de falta .

Ai acabo o jogo cada um foi pra sua casa tomar um banho pra ir para festa. A festa foi muito louca. As 6:00 foi todo mundo embora para sua casa.”

Alef
 

 

 MUSEU DA LINGUA PORTUGUESA

Visitamos o Museu da Lingua Portuguesa para ter um outro contato com a palavra e a literatura.
A ideia era aproximar a literatura ao nosso cotidiano.

 








Aproveitamos para visitar no mesmo dia o Parque da Luz
 
 
 




Um pouco de descanso para a volta de trem


 

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

EXPERIMENTAÇÕES / APRESENTAÇÕES E MUITO MAIS...

Educadora: Amanda

As primeiras duas semanas de experimentação, já está renderam produtos de qualidade.
Vou falar hoje especificamente da experimentação Coneão Atitude que acontece no Instituto Alana e que tenho acompanhado bem de perto . 

Asdrubal Serrano (assessor) explicou que utiliza a metologia do Teatro do Oprimido. Logo no primeiro encontro os jovens escolheram um tema para atuar e no mesmo dia fizeram a encenações.
O tema da primeira encenação era uma situação de prostituição de um grupo de meninas que sendo adolescentes se revoltavam com os pais e saindo de casa não tinham recursos financeiros para sobreviverem e acabavam se envolvendo com a prostituição e drogas.

No processo de construção da encenação os jovens ficaram muito avontade , eles decidiram o texto e como representariam. Asdrubal orientava os jovens com algumas dicas básicas, pois explicou que nesse momento a ideia era interferir o menos possível no processo de criação.   

O grupo está bem diverso contando a presença de jovens além do Alana das ONG´s Sepas, Vila Mara e CECRA.
Nesse sábado (29.09.12) os dois grupos da experimentação Conexão Atitude (manhã e tarde) apresentaram as peças criadas no período de 4 encontros.

A apresentação fez parte do evento: 1ª Mostra Teatral de Direitos Humanos. No Teatro 184 no centro da cidade- Praça Rooselvet.
A reação dos jovens foram as mais diversas, alguns disseram sentir muito medo e não conseguir apresentar, outros não apareceram no dia da apresentação, mas a maior parte do grupo apareceu, participou e fizeram uma excelente apresentação.

As experimentações continuam e as expectativas são as mais diversas. Talvez novas apresentações ocorram , talvez esse momento seja uma semente plantada em cada um e que brote a vontade de cada vez mais estar em contato com a arte , a cultura e consigo mesmo.


Atividade no Instituto Alana






 
 
APRESENTAÇÃO NA 1ª MOSTRA DE DIREITOS HUMANOS
 
 


 




Depois das apresentações um debate sobre Direitos Humanos