ATIVIDADES DE LETRAMENTO
"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma" Fernanda Pessoa
Em agostos e meados de setembro tivemos varias atividades
focadas no letramento.
Para iniciar as atividades algumas questões nortearam nosso
primeiro encontro sobre o tema. Perguntei para os jovens em forma de bate-papo:
O que é linguagem?
Como eu me comunico?
Quais são as formas de linguagem?
A turma não conseguiu dizer o que era linguagem, mas
respondeu que é possível se comunicar através da fala. Acrescentei que a
escrita também é uma forma de comunicação. O que foi fácil de exemplificar as
respostas sobre as formas de linguagem. Os jovens responderam por email,
facebook , Orkut e não foi mencionada o
livro. Então, acrescentei o livro e o grupo falou “ninguém tem paciência para
ler livro”
Aceitei os conceitos dos jovens e pontuei a importância da
escrita, pois mesmo nas redes sociais o principal meio de comunicação é a
escrita.
No mesmo dia introduzi conceitos sobre crônica.
Duas músicas foram utilizadas como exemplo de crônica. Tarde
Vazia (IRA) e Não fácil (Marisa Monte).
Vendo os videos e com as letras das música
em mãos discutimos os aspectos da crônica na letra. Discutimos o conteúdo da
letra.
Então, propus que cada jovem construisse uma crônica.
Segue exemplo de
uma crônica.
A Terça - feira parecia
pequena para o tanto de coisas que ela tinha preparado pra mim.
No curso Jovens urbanos no Instituto Alana,
coisa importante que acabamos de estudar um assunto de muita importância falando
sobre crônicas.
Não podia esquecer-se da Crônica – Mulheres
que tínhamos lido naquele momento bem cedo, prazer de conviver por dias na mente,
com os temas relativos à mulheres e assuntos tão delicados, de grande
responsabilidade de compreender de um modo geral como se nós mesmos tivéssemos
criados.
Um assunto de muita importância e romantismo
que as palavras citadas em cada trecho daquela crônica ressoava em meus ouvidos.
Em outro encontro confeccionamos bonecos.
A ideia era facilitar
a imaginação dos jovens e possibilitar um campo fértil para a construção de
histórias, crônicas, contos e poesias, utilizando a personagem do boneco.
Foi criada a Maria Clara, 16 anos. Moradora do Jd.Pantanal.
Outra estratégia de letramento a atividade “banquete de
livros”. Os jovens ao chegarem na sala encontram uma mesa “recheada” de livros
de diversos gêneros. Livros de contos, crônicas, poesias e biografias. Além do
livros também haviam jornais, gibes, fanzines e revistas.
Os jovens foram convidados a simplesmente folhearem o
material disposto.
Depois de um tempo pedi para que cada participante
escolhesse algum material que gostou. Poderia ser qualquer texto ou tema que
por algum motivo tivesse gostado.
Alguns jovens a principio disseram que não gostavam de nada
porque livros não tinham nada de interessante e outros que estavam com preguiça
de ler. Então, sugeri que apenas abrissem os livros e selecionasse alguma
palavra / imagem que gostassem.
As escolhas foram feitas. Gustavo por exemplo, selecionou
uma tirinha de Ziraldo que achou divertido. Antônio o grafite que estava num
fanzine, Suzana uma propaganda e kalline uma reportagem.
Aproveitando a disposição da sala de informática fomos ao laboratório
e pesquisar na internet sobre as diversas formas de linguagens selecionadas.
Gustavo pesquisou outras tirinhas de Ziraldo;
Antônio sobre a história do grafite
Suzana sobre a comunicação por meio da propaganda
Kalline sobre as reportagens.
Discutimos ao final sobre as descobertas de cada um e sobre
como a linguagem nos pertencem e como ela é valiosa mesmo que não percebamos.
Atividade “ Se eu
fosse um livro...”
Para iniciar o encontro conversamos sobre os diversos gêneros
literários. Drama, Açao, Comedia ... e depois da conversa os jovens foram
convidados a pensarem:
E se eu fosse um livro...
Eu
seria um dos cem menores contos brasileiros do século.
Sidney Moreira
Se eu fosse um livro...
Gostaria
de falar de amor, romance, drama ou até ser um livro de engraçado, talvez
interativo ou informal. Pode ser também biografia ou cultural. Talvez ficção ou
de conto de fadas ou um romance amoral
beijos, beijos e felizes para sempre...
Karina
Visita a Bienal do Livro
Aproveitando o tema tivemos a oportunidade de visitar a Bienal do Livro.
seguem algumas produções:
Crônica sobre o Museu do Futebol
Foi um dia muito divertido com as
meninas, andamos de trem e descemos na Barra Funda de lá pegamos um ônibus e
descemos em frente ao Pacaembu. Chegando
lá guardamos nossas coisas e entramos no museu que tinha uma maquete na
entrada. Muito legal! subimos em uma
escada rolante e vimos um vídeo do Pelé logo na entrada dando boas vindas. Foi
bem legal me senti muito bem recepcionada e o interessante é que ele falava
três línguas. Depois entramos em um
lugar escuro aonde tinha varias fotos de jogadores e depoimentos, logo depois
entramos em uma sala que mostrava o grito e a emoção da torcida dava a
impressão que estávamos no jogo. Tiramos fotos e fomos para outra sala que
tinha muitos quadros. Depois entramos em uma sala que mostrava um vídeo do
Brasil perdendo a Copa do Mundo e a decepção muito grande para o todo o povo do
Brasil. Seguimos para outra sala que tinha fotos e vídeos fiquei muito admirada
de fatos e acontecimentos de outros anos da copa tiramos mais fotos vimos
estrangeiros e fomos para outra sala que mostrava a evolução da bola e dos
uniformes muito diferente das de hoje.
Vimos também objetos usados para jogar bola e, depois vimos o estádio,
que pela tv parecia maior mais é um pouco pequeno e conhecemos pessoas novas e
vimos um filmagem do Ronaldinho em 3D que eu achei muito chato.
Joguei um pouco de futebol e tiramos uma
foto e saímos do museu. Fomos ao
banheiro pegamos nossa coisas e comemos um lanche. Eu e minhas amigas
entregamos maças para os taxistas e tiramos mais fotos e fomos embora.
Laís Monique
“No dia que eu fui pro Hop-Hari quando entrei logo tinha um pessoal
esquisito. Alguns caras começou a zoar com eles. Eu e meus amigos fomos para a
montanha russa e ficamos muito alegres. Ainda fomos pro elevador do Hop-Hari
e fiquei com muito medo e nunca mais quero passa por isso.
Mesmo com o medi agora eu sei que foi
o dia mais da hora da minha vida!
Quando chegou a noite ainda fomos numa
festa em uma casa e lá que foi muito engraçado. O meu colega queria ficar com
uma mina quando ele foi beija-la, ela não quis.
Ele saiu e quando voltou para tentar conquista-la, outro menino estava
ficando com ela.
Meu colega ficou tão bravo, mas decidiu
procurar outra menina pra ficar. Encontrou mas a menina só ficaria com ele se
ele arrumasse um colega pra amiga dela. Ai ele me chamou pra ir com ele e ai eu
fui quando cheguei lá a menina era muito feia. Nem fiquei” kkkk.... essa é minha história”
Antônio
“No dia 19 eu
foi por campo jogar bola ai eu encontrei um muleque pra jogar bola. Lá tava o Pipo, Paulinho, Fefi, Zinho, Kinho,
Leleu e mais alguns muleques. O tempo estava
bom pra jogar bola, não estava chovendo e o sol não estava muito forte.
O time era eu
o Pipo e o Zinho e outro time era o Leleu, Paulinho e o Fefi e os outros
muleques ficarão de próximo. E ganhamos de 2 x 1 e o jogo foi muito pegado. O Pipo
fez um gol ele deu um chapezinho no Leleu e tirou a bola do goleiro e fez o
gol. Os outros times fizeram o gol e quem fez o gol foi o Paulinho ele deu um
rolinho no Zinho e chutou no gol e o goleiro deixou passar. O meu gol foi de
falta .
Ai acabo o
jogo cada um foi pra sua casa tomar um banho pra ir para festa. A festa foi muito
louca. As 6:00 foi todo mundo embora para sua casa.”
Alef
Visitamos o Museu da Lingua Portuguesa para ter um outro contato
com a palavra e a literatura.
A ideia era aproximar a literatura ao nosso
cotidiano.
Aproveitamos para visitar no mesmo dia o Parque da Luz
Um pouco de descanso para a volta de trem
Parabéns jovens pela produção de texto e parabéns Amanda pelo relato da atividade.
ResponderExcluirVandei
Cenpec
Poxa, que legal todas essas experiências! Parabéns pelas propostas e pelos resultados. Parabéns às educadoras e - principalmente - parabéns aos jovens. Os textos estão muito legais.
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